Música de Câmara com Órgão
Rui Paiva e Quarteto Arabesco

Neste programa o organista Rui Paiva e o Quarteto Arabesco apresentam obras com órgão compostas entre os séculos XVI e XVIII.
 

Biagio Marini (1594 – 1663) PER OGNI SORTE D’STROMENTO 
Sonate da Chiesa e da Camera a Due, Trè, & à quattro. bsp; Opera XXII, Venetia 1655
Sonata à 4
Balletto Secondo
 
Dario Castello (c. 1590 – c. 1630) SONATE CONCERTATE IN STIL MODERNO, LIBRO II, Venetia 1629
Sonata Decima Quinta à 4
 
Giuseppe Sammartini (1695 - 1750) Concerto para órgão e cordas op. 9, nº 2, em Fá Maior:
Allegro; Andante; Allegro
 
Johann Rosenmuller (1619 - 1684) SONATE à 2, 3, 4 à 5 Stromenti da Arco & Altri, Norimberga 1682
Sonata Settima à 4
 
Carl Philipp Emanuel Bach (1714 - 1788) Concerto para órgão e cordas em Sol Maior, H444/Wq34:
Allegro di molto; Largo; Presto

As primeiras composições para agrupamentos puramente instrumentais, sem voz, surgiram no período barroco, as chamadas sonata da camera e sonata da chiesa. Apresentam-se sonatas da camera de Dario Castello (c. 1590 – c. 1630) e Johann Rosenmuller (1619 - 1684), assim como sonatas da chiesa de Biagio Marini (1594 – 1663) em que se juntam duas famílias de instrumentos que marcaram fortemente estes períodos. Por um lado, a familia dos violinos, que tiveram o seu berço em Itália e onde grandes construtores e compositores elevaram estes instrumentos ao seu expoente máximo. Por outro, o órgão, o primeiro instrumento de tecla que, além da sua forte índole sacra, veio ocupar um lugar de destaque na música secular, tanto no papel de baixo contínuo como também de solista.

O órgão teve igualmente lugar de destaque como de solista. É um instrumento muito complexo e completo, pela variedade de sonoridades que consegue produzir graças aos seus vários registos. Ao longo da história da música mereceu o epíteto de 'rei dos instrumentos', como também Mozart lhe chamava. As obras concertísticas para órgão apresentadas de Giuseppe Sammartini (1695 - 1750) e Carl Philipp Emanuel Bach (1714 - 1788) datam do século XVIII, inserindo-se num período de refinado requinte, na transição entre os estilos Barroco e Clássico.

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